quinta-feira, 22 de maio de 2008
Nada é para sempre! Mas não me queiram morto.
Digam que eu sou isso e aquilo, que sou passado, que sou simulacro e tra(d)ição.
Mas não façam perguntas.
Escutem as minhas paredes,
encostem a cabeça nas almofadas das portas coloniais, parem nas minhas esquinas,
subam e desçam ladeiras e escadarias, observem...
Tenho mais de sete vidas,
uma casa com sete morte nas costas e mais de 15 mistérios...
Eu não vim ao mundo a passeio!
Mas tanta gente passeia por mim...
Passeiam as putas expulsas do paraíso,
deambulam os ambulantes,
flanam os desocupados.
Passeiam por antigos quintais,
em toda porta um entra e sai
de sandálias.
às vezes, me constrange essa promíscua
cidade
que aqui deixa entrar por todo beco
gato e sapato.
Me espreitam as janelas, bisbilhotam e me guardam
subindo pelas paredes vestidas de cores berrantes,
como se eu já não as tivesse visto nuas e debotadas...
Fazem uma boa figura! Fazem pose para os turistas,
fazem falta...
Êta vida de fingimentos!
As janelas tem telhado de vidro: Escondem o que lhes vai por dentro.
Vivem, vivem muito bem porque vivem de "fachada".
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